segunda-feira, 4 de abril de 2011

Roteiro Bullying

PROJETO

VERSÃO

DATA

PRODUÇÃO

ROTEIRO

ARQUIVO

597

Primeira – V1

22/03/2011

INSTITUTO CRIAR

PATRÍCIA CURTI / PEDRO PALAIA

ROT597-v1.doc

Personagens:
O
GAROTO
(massinha ou bonecos)

(principal);

ALUNOS

1. INT. DIA – CORREDOR DA ESCOLA

A câmera se movimenta pelo corredor de uma
escola comum. Chega à porta de uma sala de aula
onde há uma placa: 597. Pela janelinha da porta
é possível ver que o GAROTO está lá dentro,
escrevendo em seu caderno. A porta da sala
se abre, e vemos que ela está cheia de outros
garotos e garotas (que não podiam ser vistos
antes, pois não estavam no campo de visão da
janelinha). Os outros garotos e garotas estão
divididos em vários pequenos grupos, enquanto o
GAROTO está sozinho. Ele está com uma expressão
melancólica.

ÁUDIO

Trilha
aparentemente
infantil mas que cria um
clima de suspense e terror
(referencia:
trilha
da
primeira cena do filme “O
Bebê de Rosemary”)

A trilha cai em fade quando
a câmera entra na sala.

2. INT. DIA – SALA DE AULA

Vemos
que
o
constrangido.

ÁUDIO

GAROTO

está

cada

vez

mais

Entre o burburinho normal
dos
alunos,
começamos
a
ouvir o som de risadinhas
e
de
pessoas
fofocando
debochadamente.

O GAROTO parece saber que estão falando dele. O
cenário vai se tornando mais e mais sombrio, e as
expressões dos outros garotos e garotas tornam-se
gradativamente assustadoras.

ÁUDIO

Repentinamente, faz-se
silêncio de mau agouro.

um

EM CÂMERA LENTA vemos uma folha de papel sendo
arrancada de caderno e amassada, formando uma
bolinha. Vários garotos começam a arrancar folhas
e fazer bolinhas. Um deles enfia uma bolinha na
ponta de um canudo e prepara-se para usar como
uma zarabatana.

ÁUDIO

Ouvimos
os
ruídos
de
arrancar e amassar folhas
extremamente altos.

O GAROTO, parece assustado com o “clima” que
se formou e se encolhe, olhando em torno
disfarçadamente. Uma bolinha de papel atinge
a sua cabeça. Várias bolinhas começas a ser
jogadas contra ele. Ele tenta se defender, mas
são muitas. Elementos do cenário (como grandes
nas janelas, porta fechada, paredes descascadas
etc.) que antes pareciam neutros e inofensivos
agora se tornam aterrorizantes e chamam a atenção
(muda luz e as cores)

ÁUDIO

Recomeça

uma

trilha

agora

abertamente
assustadora,
combinada
aos
sussurros
dos alunos agressores com
de
risadas,
deboches
e
ofensas.
Ouvimos
também
o
ruído
exagerado
das
bolinhas quando o atingem.

Algumas bolinhas atravessam a pele do GAROTO e
entram nele, como se fossem balas de revólver.
Edição de imagens dos garotos arremessando
bolinhas e gritando ofensas, mas não é possível
entender as palavras que eles dizem. Entre eles,
existem alguns garotos sem boca, que apenas
observam, em silêncio (O objetivo é mostrar
os “bystanders”, aqueles que não são agressores,
mas são omissos - não denunciam as agressões).

As bolinhas que estão no chão começam a se juntar
e vagarosamente formam uma criatura imensa.

ÁUDIO

O
monstro
assustadores.



rugidos

Monstro cospe pequenas bolinhas, ameaçando a
todos os presentes, não apenas o GAROTO. Todos da
sala recuam assustados e acabam paralisados com
expressões de pavor.

O GAROTO, apesar de apavorado, se levanta. O
MONSTRO abre a boca, como se quisesse comê-
lo. (Suspense). O GAROTO
se enche de coragem,
respira fundo e dá um grito muito alto. De sua
boca, sai um forte vento, que desfaz o monstro de
bolinhas de papel.

ÁUDIO

Som de vendaval se mistura
ao grito.

As bolinhas voam para todos os lados da sala
de aula. O cenário volta a ficar claro, e as
expressões dos colegas de classe do garoto voltam

ao normal, apesar de estarem levemente confusos.

ÁUDIO

O silêncio se restabelece
e pouco a pouco cresce
novamente
o
burburinho
natural dos alunos.

O resto da turma gradativamente volta ao seu
lugar. Uma garota senta ao lado do GAROTO que
foi agredido. Eles se cumprimentam e conversam
animadamente (a conversa não se ouve, misturada
ao burburinho).

ÁUDIO

Sobe trilha sonora suave,
como a do começo, mas sem
os toques sombrios.

A câmera se afasta e sai da sala. A porta se
fecha, e há um bilhete escrito em papel pautado
grudado na porta, onde se lê:

BULLYING – QUEM CALA, CONSENTE

SOBEM CRÉDITOS.

///

Nenhum comentário:

Postar um comentário